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De abril 2016

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Rock Talks #2: Como foi (e as reações de quem foi)

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Ontem rolou a segunda edição das nossas Mocker Rock Talks na livraria Saraiva e, se a primeira já tinha sido irada, a segunda superou muito nossas expectativas! Começamos logo com dois gigantes da nossa cena de Fortaleza, Rafael Bandeira (Hey Ho Rock Bar, Ponto.CE) e Felipe Cazaux (solo, Mad Monkees), e a nossa missão de manter o nível da discussão estava difícil, hehe.

Convidamos pro encontro do mês de abril três nomes da produção de shows independentes da cidade: Amaudson Ximenes (Obskure, ACR, Forcaos), Dado Pinheiro (Noise 3D, Berlinda Club) e André Moura Lopes (Festival Fortaleza Cidade Marginal). Cada um com uma história massa e com atuação diferente.

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O Amaudson faz um trabalho incrível com a galera do metal, da música pesada, mas abre espaço pra todo mundo que chegar junto, porque ele é curador de vários projetos diferentes, do Dragão do Metal ao Praça do Rock (esse até a nossa banda, Subcelebs, tocou no ano passado, junto com a Catholic Youth, em uma noite com girl power no talo).

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Já o Dado é o cara da cena do indie rock, do electro, desses estilos mais modernos e, muitas vezes, difíceis de definir. Começou a trabalhar com bandas autorais ainda no Ritz Café, no início dos anos 2000, e achou tão massa que continuou até abrir o próprio bar, o Noise 3D Club, que foi palco pra várias bandas importantes da nossa história recente (Montage, Plastique Noir, Telerama, Red Run, Café Colômbia, Fossil, O Garfo, 2fuzz… enfim, muita gente que hoje tem banda começou lá, novinho). Hoje o Dado, que é DJ e tem altas festas badaladas de discotecagem rock, é sócio do Berlinda Club e tá sempre abrindo espaço pra quem quer produzir seus shows e criando projetos para abrigar as bandas da cidade.

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O André tem muito tempo de noite, trabalha com audiovisual, mas sempre produziu festas independentes. Sempre com um pegada mais underground, no estilo do it yourself. Numa tentativa de resgatar o clima das casas rock no final dos anos 90 e começo dos 2000 em Fortaleza, ele e o Jonnata Doll ocuparam o Casarão Benfica no ano passado e deram início ao festival Fortaleza Cidade Marginal, com bandas, poetas, artistas visuais e intervenções. Agora já está rolando também uma festa filha, mensal, a Garantia de Alegria, com o mesmo formato, mas menos bandas. Tudo pra dar conta de descentralizar a cena, de buscar atrações fora do que já está tão em evidência na Praia e Iracema e nos editais públicos, o alternativo do alternativo.

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Com tanta diversidade entre os convidados, a conversa rendeu discussões sensacionais. Que tipo de palco nós queremos? Que tipo de palco nós precisamos? Qual é meu o papel como banda? O principal, dentre todas as histórias, experiências e opiniões, é que vimos com nossos próprios olhos, num auditório LOTADO, com gente em pé, que, sim, Fortaleza tem cena.

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Tem muita gente produzindo, muita gente querendo tocar. E se todo mundo que esteve na Saraiva ontem pegasse uma vez por semana um evento de rock pra entrar pagando ingresso e assistir aos shows uns dos outros, muito mais palcos seriam criados, de maneira sustentável e ainda sobrando uma graninha pras bandas e produtores independentes (e pras casas que abrem as portas pro autoral em vez do cover, porque eles também têm contas a pagar!).

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Como o Amaudson disse, é só uma questão de manter todo mundo mobilizado. A cena ainda tem jeito e só depende de cada um e nós pros espaços que existem continuarem existindo e crescendo e pra novos espaços serem conquistados.

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Queria deixar um VALEU gigante pra galera que compareceu. Foram tantas bandas que não conseguimos decorar todas, haha! Mas valeu demais à galera da Old Books Room, Mad Monkees, Senhores da Casa Azul, Mulambos, Caike Falcão, La Trinidad, Jack the Joker, Código Roma, Distopia Bárbara, Mugshot, DistintoS, Matine, Swan Vestas, maquinas, In No Sense, Lowell, Leonardo Santos (blog Barulho Visual, que faz toda semana a agenda de shows da cidade), Jack Carvalho (Tribuna Band News e banda Estereoh). Se faltou alguém, comenta aqui que a gente atualiza a lista, hehe!

Pra finalizar, os comentários de quem foi – porque é isso que faz a gente ter certeza de que o projeto tá massa!

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5 dicas para sua banda aproveitar melhor o tempo no estúdio

Depois de árduos ensaios, reais e mais reais investidos em equipamento e fins de semana e feriados dedicados à sua banda, chegou a hora de entrar no estúdio para gravar. Mas será que vocês estão prontos para aproveitar esse momento ao máximo? Confira essas 5 dicas para obter o melhor resultado e sair dessa com um discão, que você só vai ter orgulho de divulgar.

1. Ensaie para gravar
E ensaie muito. Aquele ensaiozinho uma vez por semana ajuda a manter a banda no ritmo, sem criar ferrugem, mas não é suficiente se a ideia é chegar no estúdio e fazer um grande registro. As músicas precisam estar na ponta dos dedos dos integrantes. Isso vale para todas as partes e todos os instrumentos. Ir para a gravação com segurança do que vai tocar faz a banda (e o estúdio) ganhar tempo para experimentações, pesquisa de timbres e outros benefícios que uma boa organização traz.

Tribute to Will Ferrell Will Ferrell *** Local Caption *** Step Brothers, , Adam McKay, USA, 2008, V'13, Tribute: Will Ferrell

2. Ensaie mais – e com metrônomo
Algo que ajuda a dar peso a uma gravação é a banda inteira tocando precisamente no tempo. Quando isso não acontece, o material soa frouxo e faz com que o ouvinte se distraia, percebendo que há algo fora do lugar, mesmo sem saber exatamente o quê. Um bom baterista é fundamental pra manter a banda no andamento, mas é importante que todos consigam tocar individualmente sem flutuar demais. Uma maneira de desenvolver coletivamente essa habilidade é ensaiar com metrônomo. Hoje existem vários aplicativos de metrônomo para smartphone. Quando chegar no estúdio de ensaio, basta ligar a saída de áudio do celular na mesa de som e mandar o click para as caixas. Num primeiro momento vai parecer irritante (e é mesmo!), mas rapidamente ele se torna imperceptível e passa a fazer parte do som – depois de poucos ensaios, a diferença na performance da banda vai ser imensa.

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3.  Arranjos: faça seu dever de casa
O estúdio é um ambiente bastante propício ao surgimento de novas ideias. Mas é essencial que a banda já chegue pronta, com o arranjo básico da música fechado e todos os músicos sabendo exatamente o que fazer. Se o arranjo já funciona, a música praticamente se mixa sozinha – o trabalho do estúdio e do produtor vai ser dar aquele empurrão para o resultado ser melhor ainda.

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4. Mantenha os instrumentos em dia
Guitarras e baixos desregulados, com problemas de afinação, ruídos na parte elétrica e com cordas velhas só vão atrapalhar o seu trabalho e o de quem estiver com você nessa jornada. Manutenção não é algo barato, mas lançar um material que deixou a desejar por causa de equipamentos em mau estado sai mais caro ainda. Sem falar que ter o instrumento em dia é essencial também para tocar ao vivo. A dica não vale apenas para instrumentos de corda. Bateristas precisam investir em peles novas periodicamente (trocar para gravar é uma ótima ideia) e em ferragens silenciosas, que não fiquem rangendo durante a captação. Instrumentos de sopro e tudo o mais que você imaginar também precisam estar em plenas condições de afinação e sonoridade.

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5. Escolha sabiamente as participações especiais
Quando uma banda entra em estúdio, pode ser tentador incluir instrumentos e músicos que não fazem parte do projeto. Como é um momento de euforia, de empolgação, é normal querer incluir amigos e ex-integrantes para participar do registro. Mas muita calma nessa hora! Convidar pessoas que não respiram esse projeto como você pode resultar – e muitas vezes resulta – em performances aquém das demais. O que é muito lógico. Ora, você e seus companheiros de banda estão há meses (ou anos!) ensaiando, quebrando a cabeça com arranjos, investindo tempo e dinheiro para conseguir o melhor resultado no disco, enquanto pro seu amigo que está chegando agora tudo é pura diversão. Dificilmente ele irá se dedicar tanto quanto você para algo de que não faz parte. Para ele, são algumas horas de um dia de folga participando no disco dos amigos. Para você, é um trabalho que exige seriedade e comprometimento de todos os envolvidos. Se a ideia é incluir instrumentos extras para adicionar um ar de sofisticação à produção, músicos profissionais podem ser uma escolha melhor. Sem falar que, se o seu amigo tocar mal, fica chato tirar, né?

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Especial de lançamento: Mixtape Swan Vestas

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Hoje a gente anuncia mais um lançamento da casa: o EP de estreia da grande Swan Vestas, que gravou três das cinco faixas no Mocker, ao vivo, com uma pegada garagem que ficou ainda mais pesada com mix & master assinadas pelo Capilé, do estúdio Costella (SP).

A nossa playlist semanal no Spotify chega especial nesta sexta, com o EP completo do Swan, uma faixa do Mad Monkees (que toca com eles próxima quarta, no show de lançamento) e quatro de artistas que influenciam o som dessa galera. Tá imperdível!

1. Breathing Holes – Swan Vestas
2. Big Band Baby – Stone Temple Pilots
3. If There is a Hell – Swan Vestas
4. Is It My Body – Alice Cooper
5. Conversations on the Phone – Swan Vestas
6. Moonage Daydream – David Bowie
7. Unnecessary Evil – Swan Vestas
8. Manic Depression – Jimi Hendrix
9. You Make Me Feel Alright – Swan Vestas
10. Raise Again – Mad Monkees

Escute a MOCKER Mixtape na barra lateral ou clique aqui para ouvir direto no Spotify. E não esquece de seguir a playlist, que toda semana tem novidade!

Mocker Mixtape

Playlist da semana: MOCKER Mixtape #8

Mocker Mixtape

Na primeira compilação de abril da nossa playlist semanal no Spotify, tem banda de Fortaleza, do Rio de Janeiro, da Suécia, da Escócia e de todo lugar. Confere aí:

1. Club 8 – Everlasting Love
2. Gorduratrans – Vcnvqnd
3. Caike Falcão – Aos meus Pais
4. Dinosaur Jr. – Pieces
5. Subcelebs – Corações Avariados
6. Laura Veirs – Galaxies
7. Step Rockets – If You Tried
8. The Weakerthans – Civil Twilight
9. The Radio Dept. – Where Damage Isn’t Done
10. Belle And Sebastian – Dirty Dream #2

Escute a MOCKER Mixtape na barra lateral ou clique aqui para ouvir no Spotify. Ah, e não esquece de seguir a playlist!

Swan Vestas - Capa

Show: Swan Vestas lança o aguardado primeiro EP

Swan Vestas - poster show

Por enquanto, é um save the date: dia 20 de abril, uma quinta-feira, vai ter guitarra muita no Maria Bonita! Swan Vestas lança o EP mais aguardado dos últimos anos na cena cearense (produzido aqui pelo estúdio e mixado no Costella, em SP) em uma noite com o Mad Monkees.

Semana que vem a gente fala mais desse lançamento Mocker Discos. =D

Caike Falcão: Divulgação (Crédito: Mocker Studio)

Para baixar: “Rever”, Caike Falcão

Caike Falcão: Divulgação (Crédito: Mocker Studio)
Divulgação (Crédito: Mocker Studio)

O download da semana é o disco novo do guitarrista e cantor cearense Caike Falcão, “Rever”. Com 10 faixas, o álbum sucede os dois primeiros EPs lançados pelo artista, “Anedotas de um romance pejorativo”, de 2014, e “Segundo”, de 2015.

O curto intervalo entre os lançamentos mostra que o ruivo não tem tempo a perder em relação à própria carreira, produzindo sem parar. O que é ótimo.

O disco chega nos dias que antecedem o embarque de Caike para uma turnê de três shows em Cabo Verde (com outros por confirmar), durante a AME – Atlantic Music Expo, conferência/festival que reúne profissionais do mercado de música da África e dos dois lados do Atlântico.

Caike Falcão: capa de "Rever"
Serviço:
Caike Falcão
“Rever”
2016
10 faixas
Independente

Para ouvir:
https://caikefalcaoo.bandcamp.com/
https://soundcloud.com/caikefalcaoo
https://Youtube.com/caikefalcaoo

O disco está disponível também em todas as principais plataformas de streaming e download.

Para baixar:
http://tinyurl.com/jdgy4w8