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Por Alinne Rodrigues

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Free Intuición! E a baixa representatividade feminina no rock cearense

Comecei a escrever este texto no dia 8 de janeiro, logo depois do incrível festival Garage Sounds. De um universo de 41 bandas e cerca de 160 músicos, havia, salvo engano, apenas 5 mulheres em cima dos palcos (me corrijam se eu estiver errada). Cinco. Eu, com a Subcelebs, Gabrielle Gomes com sua carreira solo, Clarissa Clapt Boom com a Intuición, Claudine Albuquerque com a Nafandus, e Ankerkeria.

garage sounds lineup

Assim que desci do palco, o amigo Bruno Cruz, da Altissonantes (EP de estreia sai em breve, produzido aqui no Mocker), disse que ouviu de uma menina na plateia do nosso show: “Olha, que legal, uma menina nessa banda!”. Acho que foi uma menina que eu nunca tinha visto e que ficou o show inteiro lá. É tão pouca mulher despontando no rock cearense que, quando aparece, é uma surpresa – boa.

subcelebs garage sounds

A baixa representatividade feminina não só no Garage Sounds, mas na maior parte dos eventos roqueiros de Fortaleza não significa que não haja meninas tocando. Na verdade, a fofa da Nanda Loureiro, da Banana Records, até já montou uma lista colaborativa com bandas com mulheres que abrange o Brasil inteiro (clique aqui para consultar e para adicionar seu projeto). Lá constam seis nomes, mas não estão a maravilhosa Ouse, a pesada The Knickers, nem as cantoras solo como Soledad, Marieta e Lorena Nunes. Lá não há preconceito de estilo. Vale tudo, all girls to the front.

Então, assim, banda em atividade, com carreira crescendo e com mulher, tem, mas tá faltando. Por que somos tão poucas? Por que temos vontade, mas não colocamos o projeto pra frente?

Vejo muito meninas que querem ter banda pensarem o projeto pra ser uma girl band, toda formada por mulheres, falar de temas feministas, fazer a coisa temática mesmo. Mas tá tão difícil reunir essas artistas que simplesmente fazer parte de uma banda (mesmo que com meninos) e cantar sobre qualquer coisa já é transgressor.

Ser mulher, fazer música e estar em uma cena dominada por homens já é, por si só, revolucionário e político. Já é statement.

Não precisamos ter medo, não precisamos ser inseguras nem achar que é menos feminista ou menos interessante ter banda mista e falar de amorzinho. Venham me fazer companhia, por favor! É sempre muito difícil ser a única menina do rolê. =(

A nudez da Intuición não pode ser castigada

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O show mais incrível que vi no Garage Sounds foi da Intuición. “Quem gostou, bom. Quem não gostou, paciência”, disseram no final. Vendo aquela explosão de energia, de performance, de transgressão, de estética e de coolness ao extremo, me perguntei como alguém não gostaria. Ah, como fui ingênua. Ainda acreditava nos ~roqueiros~ da cidade.

Poucos dias depois do showzaço da Intuición, começou a circular um vídeo com uma performance da Clarissa. No palco, ela é mensagem pura. Saia curta, pernas abertas, top curtíssimo, peitos de fora. Perde o cabo do microfone no meio do caminho. É punk, é electro, é underground, é político. Logo no início, antes que começassem a pensar qualquer coisa, tirou um batom vermelho do bolso e riscos nas coxas “PU TA”. Passou nos lábios, no queixo, em todo lugar.

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Aquele show foi a personificação do “meu corpo, minhas regras”, mas ao extremo. Quer tirar a roupa e tira. Quer cantar sobre drogas e caras e canta. Quer ser puta e é. E ninguém deveria ter nada a ver com isso. Tem muita gente comparando com a performance do Jonnata Doll, que tira a roupa inteira, e todo mundo aplaude. Clarissa tira uma parte, e a família tradicional brasileira que há em cada roqueirinho cai em cima.

Fui criada numa sociedade supermachista, brasileira, nordestina, com raiz no interior, cabra macho sertanejo. Ainda me pego lutando com isso de vez em quando. Ao lado do meu marido, que também é músico e parte da banda, nos entreolhamos quando a peça de roupa comportada de Clapt foi ao chão. Coramos. Mas até o fim da música, tudo já tinha passado. Aqueles seios não eram sexuais, eram artísticos, políticos, livres. Eram mensagem.

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Meu “medo” quanto à reação dos ditos roqueiros era de ficarem vendo o show pra ver umas peitcholas, de não entenderem nada e só quererem ver um pedaço de carne ali (afinal, vi caras lá mostrando pornografia um pro outro na tela o celular).

Mas o conservadorismo está tão grande e tão absurdo que, no tribunal do Facebook, disseram que os peitos eram caídos (daí pra baixo) e falaram até em morte. Depois começaram a denunciar as fotos e a página da Intuición e da vocalista, pra que o Facebook deletasse.

A performance da Intuición é pra eles, é pra ela. A dança não tenta seduzir, não quer conquistar ninguém. É uma necessidade pessoal. É pra tirar quem está vendo da zona de conforto, incomodar.

A melhor arte é aquela que desestabiliza, que incomoda. Seja pela forma, seja pelo conteúdo. Seja pelo meio ou pela mensagem. E Clapt, com certeza, incomodou. Incomodou um bando de caras de preto, que pagam de alternativos e libertários, mas que são tão conservadores quanto os nossos avós.

Inacreditável que depois de tantas mulheres incríveis e fortes como Madonna, Joan Jett (e sua Bad Reputation), Courtney Love na música, ainda seja um problema tão grande ter personalidade.

Estamos juntas. Precisamos estar todas juntas. Free Intuición!

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Por que a curadoria de eventos públicos é um problema e vai continuar sendo

No último sábado, 17, aconteceu o Seminário Praça do Rock, espaço de encontro e discussão articulado pela Associação Cultural Cearense do Rock (ACR) no Dragão do Mar. Antes dos shows gratuitos no palco Rogaciano Leite, os músicos, produtores e outros atores da cena se encontram no auditório pra debater assuntos pertinentes ao funcionamento do cenário autoral de Fortaleza.

Pelo menos deveriam se encontrar. O espaço foi pensado e criado, mas não há frequentadores. O Seminário Praça do Rock de sábado foi sobre um assunto extremamente importante, largamente debatido nas redes sociais e, em teoria, levaria muita gente à mesa redonda. O tema escolhido foi Curadoria em eventos culturais e festivais em Fortaleza.

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À luz de acontecimentos que agitaram os artistas nos últimos meses, em especial a curadoria do festival Conecta, que gerou textão até do Sindicato dos Músicos e muitos compartilhamentos e bate-bocas no tribunal do Facebook, esperava uma grande adesão. Afinal, todo mundo quer ter chance de tocar em um evento com dinheiro público e levar pra casa um bom cachê.

Na mesa, estávamos eu, como jornalista, artista e trabalhando ao lado das bandas na hora das inscrições nesses eventos; Dado Pinheiro, DJ, gerente do Berlinda, ex-Noise 3D e eventual curador de eventos públicos com bandas autorais, e Valéria Cordeiro, produtora cultural, gestora e atualmente Coordenadora de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado.

A promessa era de bons debates e avanços no quesito mobilização da categoria na busca de TRANSPARÊNCIA nas curadorias. Mas pouquíssima gente apareceu, e a conversa, apesar de ter sido muito boa, com colaborações fortes de Ivan Ferraro (Prodisc, Feira da Música), George Frizzo (S.O.H.) e Caike Falcão (músico), não trouxe encaminhamentos por pura falta de quorum.

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O que discutimos

  • Mostra de Música Petrúcio Maia

Com resultado muito aguardado, ele saiu, mas sem transparência. As bandas que foram selecionadas já haviam sido avisadas antes da divulgação oficial, e a notícia correu à boca pequena, dando margem para muita especulação.

Houve ainda uma mudança de modus operandi quando comparamos com a mostra de 2015, que foi muito transparente: a lista saiu como o resultado de um concurso, com os nomes dos curadores, os quesitos a serem avaliados, as notas dadas para todos os inscritos. Houve até mesmo habilitação jurídica e tempo para que os artistas desabilitados recorressem.

Este ano, nem o nome dos curadores foi divulgado. A lista saiu sem notas, sem suplentes, sem transparência. Como ia participar da mesa redonda, solicitei a lista, e o que me responderam foi que poderiam divulgar as notas do meu projeto. Saber apenas a minha nota não adiantaria. Escrevi novamente falando de como havia sido no ano passado, mas responderam apenas perguntando, mais uma vez, o nome do meu projeto. Respondi e, até agora, nada.

Ivan Ferraro, da Prodisc, falou que a produção recebeu as solicitações e que estavam trabalhando para tornar pública a lista com as notas. Que eles têm isso, mas não têm os meios para publicizar, porque a mostra é terceirizada, então até pra postar algo na página do Facebook é um processo. Estamos no aguardo.

Na sequência, ele provocou: por que os músicos não estavam unidos exigindo a realização da Mostra? Disse que o pessoal do teatro, da dança, é mobilizado e que ai da prefeitura se não fizer a mostra deles em um ano. Pro pessoal da música, existe uma pasmaceira, uma falta de atitude, mas muitas vezes por não saber como se reunir e ir reivindicar que o evento aconteça.

Esse papel, atualmente, está somente com a Prodisc, que pressiona para que a Petrúcio aconteça. É do interesse deles realizar porque é um trabalho pelo qual eles foram contratados, por licitação, para realizar. Mas eles sozinhos não representam a classe artística e, como produtores, inclusive, estão à frente do processo de adiamento da mostra para janeiro (porque ano passado realizaram, mas só receberam o pagamento muitos meses depois, então agora só fazem quando tiverem o recurso em mãos).

Ivan falou que no dia 3 de janeiro há uma reunião marcada com os artistas selecionados na sede da Prodisc para falar sobre a mostra e tentar sensibilizar essa galera a se mobilizar e se envolver politicamente na cena. Se empoderar mesmo, saber que os espaços estão aí para serem ocupados, mas que ninguém tá fazendo isso. Falei que, se for aberta a quem também não foi selecionado, estarei lá. Ele falou que pode ir quem quiser, então iremos.

  • Festival Conecta

O caso Conecta acabou com pouco tempo para ser debatido. Não havia representante do Sindicato dos Músicos, não havia nem um curador do evento, então não tinha como conversar demais. O consenso foi que faltou clareza na comunicação. Até que ponto você é artista? Onde encerra o trabalho do artista e começa o do curador? Neste evento, você quer tocar ou você quer fazer curadoria? É preciso transparência nas regras pra que elas sejam seguidas e não gerem expectativas irreais.

Mesmo dentro do pequeno grupo participante no seminário não tinha uma opinião única sobre o assunto. Para alguns, faltou ética, para outros, não houve nada errado. Mas é fato que a curadoria de eventos públicos ou feitos com leis de incentivo via renúncia fiscal está sendo debatida e vai ser olhada com mais cuidado por todo mundo daqui pra frente.

O que poderia ter sido discutido

  • Programa Hoje é Dia de Rock, do Centro Cultural Banco do Nordeste

Antes programa Rock-Cordel, o espaço para o rock no CCBNB causou grandes discussões nas redes sociais e até uma reunião presencial entre a diretoria do Centro e as bandas da ACR. O motivo foi a demissão da curadoria que atuava lá desde o início do projeto, pelos idos de 2005, com Amaudson Ximenes e Fernando Pessoa.

No início, como festival, abria inscrições durante um período e acontecia em um mês. Depois passou a fazer parte da programação mensal fixa do local. Entre idas e vindas, o espaço foi muito construído pelas bandas e o público da ACR, mas também sem edital para participação.

2016 começou com o anúncio de uma nova forma de trabalho. Em vez de um ou dois curadores que trabalhariam em todas as edições do ano, seriam escolhidos 12 curadores, um para cada mês, para que houvesse maior diversidade na seleção das bandas. Cada banda só poderia tocar uma vez no ano. Mas o que aconteceu foi que, em vez de 12 curadores, o ano teve apenas nove. Os eventos, que deveriam ter sido todos autorais, ganharam uma edição cover (que foi a mais cheia – olha a gente perdendo mais um espaço).

Não há comunicação oficial sobre como vai ser no ano que vem, mas corre por aí que 2017 vai ter quatro curadores fazendo todas as edições. Não se sabe como eles foram escolhidos, quais foram os critérios, nem como eles vão selecionar as bandas. Mais um ano começa, e o processo permanece obscuro para a cena de forma geral.

Rock-Cordel como festival volta a existir, parece que com um edital e chamada pública de inscrições, mas ainda sem notícias mais detalhadas.

  • Porto Iracema das Artes

Aparentemente, o processo de seleção dos artistas do laboratório de música (especificamente de música, porque é a área que a gente acompanha) é bem transparente: há as inscrições, vem uma curadoria toda de fora, ouve todos os projetos e escolhe entre 10 e 12 para uma audição, que é aberta ao público. O júri dá a nota, e quatro são selecionados para o programa.

O que nunca fica muito claro é como se convidam sempre pessoas de fora, de diferentes atuações e backgrounds, mas o resultado sempre é muito parecido, com várias pessoas participando repetidas vezes com projetos diferentes, às vezes no mesmo ano.

O que o projeto precisa ter? Qual é o material enviado? O que os artistas precisam propor para irem para a audição? Nada é claro. O próprio edital é muito aberto. Fica a provocação.

  • Eventos públicos ao longo do ano (aniversário da cidade, programação de férias etc.)

Há um cadastro permanente de artistas na Secultfor e na Secult, mas ele é consultado pelas pessoas que montam os eventos? Se é consultado, como os mesmos artistas são chamados para diferentes ocasiões, sem edital, por convite e recebendo cachê?

Há um motivo para os artistas serem praticamente os mesmos em tudo: quem está fazendo essa curadoria sem inscrições não conhece o que há na cidade. Idealmente, o expediente de quem trabalha bookando esses artistas seria à noite, vendo tudo que é show nos mais variados lugares da cidade. Curador garimpeiro. Mas o que acontece é que muita gente não sabe quem são esses artistas e não tem vergonha de dizer (eu mesma já recebi ligação de comprador de show que não sabia mais o que programar e me pediu sugestões).

Sendo assim, se faz totalmente necessária a consulta a esse banco de artistas para todo evento público. Mesmo que haja a vontade de contratar um show específico, por que não abrir vaga para um artista novo também com bom currículo? Fica o apelo.

  • Ocupação do Cine Teatro São Luiz

O Cine São Luiz tá lindo, tá funcionando, mas como está sendo feita a programação? O Teatro Carlos Câmara possui um processo seletivo para ocupação (ainda que a curadoria seja também pouco transparente), o Dragão do Mar e o CCBJ também. Mas ainda não vi uma movimentação da Secult para abrir seleção de projetos musicais para o espaço.

Até agora, o palco do Cine São Luiz tem servido apenas a projetos cover e de tributos – a Hendrix, a Joplin etc. –, mas sem espaço para bandas autorais. Vi que os Selvagens à Procura de Lei e o Cidadão Instigado tocaram lançando disco, mas são bandas que não estão mais em Fortaleza, no mesmo patamar dos artistas locais que ainda tentam se projetar dentro da própria cidade e para fora do estado.

A única vez que vi alguma manifestação no sentido de dar espaço à produção local foi em uma postagem na página do Facebook solicitando que as bandas enviassem clipes para eles por email, porque havia uma ideia de exibi-los no cinema. Enviei email falando que representava várias bandas, mandei todos os links, mas nunca nem obtive resposta.

Em 2017 podemos esperar um edital de ocupação do São Luiz com espaço para as bandas autorais? Será que não seria possível, pelo menos uma vez por mês, abrir esse espaço na programação?

Considerações finais

Como músicos, produtores e parte da cena, precisamos estar unidos na busca por essa transparência, não só reivindicando a lista de aprovados, com suas pontuações, em cada seleção pública, como também a divulgação dos projetos aprovados tais quais foram submetidos. Dessa forma, será possível avaliar de forma mais objetiva que elementos separam os projetos aprovados dos não aprovados.

Isso é especialmente importante em editais de incentivo às artes, que exigem sempre um projeto escrito, seguindo certas diretrizes no que diz respeito a orçamento para execução e outros anexos. Para quem nunca foi contemplado por um edital desse tipo, é sempre um mistério identificar onde o projeto pecou e onde os projetos contemplados acertaram.

Um bom começo para dissipar essas dúvidas seria:

1) disponibilizar os projetos ganhadores na íntegra para quem quiser baixá-los e estudá-los;

2) disponibilizar também os projetos recusados com anotações que deixem claros os motivos da recusa.

Sabemos que há oficinas que ensinam a preparar projetos para editais específicos e alguns também têm tira-dúvidas presenciais e online, mas as fronteiras entre os critérios objetivos, meramente técnicos, e os subjetivos, mais estéticos e relacionados à identificação pessoal do curador ou parecerista com o projeto, precisam ser realçadas.

Por fim, o papel do curador precisa ser entendido por todos. E é preciso também que mais gente possa virar curadora. Há muita gente apta, no entanto, contratam sempre as mesmas pessoas. Não há como haver um resultado diferente quando quem julga é igual.

No seminário, Valéria Cordeiro disse que, em conversa com Amaudson, foi ventilada a possibilidade de serem criadas oficinas ou formações de curadores para que novas pessoas possam ocupar esses cargos. Agora tá na mão dos artistas fazer com que tudo isso aconteça.

O blog Rock Talks está aberto para os envolvidos nessas iniciativas, caso desejem esclarecer os pontos citados ou fazer considerações gerais sobre curadoria nos espaços públicos. O email para contato é oi@mocker.com.br.

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Rádio Graviola lança primeira coletânea (e tem banda da firma por lá!)

2016 terminando, chegou aqui na firma a primeira coletânea da Rádio Graviola, webrádio carioca que está no ar desde 2008 só pra divulgar bandas e artistas independentes. O projeto é incrível, reconhecido na ~cena~ nacional e, este ano, promoveu um crowdfunding pra ser ampliada e levar música nova a muito mais gente. É amor demais!

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Do financiamento coletivo, saiu ainda um outro produto, a tão esperada coletânea. É um disco duplo, com 30 artistas, que teve curadoria de Val Becker, produção de Karina Cox e assistência de Dudu Oliveira (do programa Polifônico) e Daniel Sander (do Mundo Independente).

A escolha dos nomes rolou assim:

“Entre 700 artistas independentes que passaram

pela nossa programação no ano de 2015,

170 responderam positivamente e com todos os requisitos necessários

para fazer parte do disco.

Desses 170, fizemos a difícil escolha de 30″,

Val Becker

Os dois discos são Lado A e Lado B, o Lado A correspondendo a 15 artistas que tocaram no Polifônico, programa mais ~eclético~ da Graviola, e o B com 15 artistas do Mundo Independente, com pegada mais rock. Tem artista do país inteiro, mas, do Ceará, só o Caio Castelo, que tá no lado A, e Subcelebs, a banda da diretoria do Mocker  (hehe), no lado B.

Pra ouvir a coletânea, clique aqui: http://www.radiograviola.com/coletanea-radio-graviola

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Ah! O impacto do disquinho foi tão grande que levou a Rádio Graviola a ser indicada ao prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) na categoria “Melhores do Rádio”. Sim, a partir deste ano, não mais distinção entre produções em AM, FM e web. Tá bom demais!

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Quer lançar material em streaming até o fim do ano? Confira calendário e se programe

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Quem já tem música nos serviços de download e streaming sabe que, depois de enviar todos os arquivos pro distribuidor, ainda leva alguns dias (às vezes, semanas) até que as faixas estejam disponíveis para audição.

Cada serviço tem um tempo pra colocar o disco no ar. Pela nossa experiência, percebemos a Deezer como a primeira no quesito rapidez, seguida das lojas Amazon e iTunes/Apple Music. O Spotify demora mais e sempre é um dos últimos a liberar as músicas. =(

Bom, segundo semestre tá aí, e, se você está preparando um lançamento para até o fim do ano, é bom ficar ligado nas datas. A OneRPM, distribuidora bem legal com escritório no Brasil, divulgou uma bela tabela com os deadlines. Se liga aí e mãos à obra!

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Notas sobre o Dia do Rock em 2016

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Semana passada, o jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza, nos procurou para contribuir com uma matéria sobre os rumos que o rock tem tomado. Havia algumas perguntas-base e variadas formas de respondê-las. Eu e Igor começamos a pensar. Quanto mais a gente escrevia, mais a gente queria escrever.

Desculpa por mandar uma página e meia de material, Laudenir! Hahaha! A matéria saiu hoje, Dia Mundial do Rock, no Caderno 3. E, obrigada aos editores Dellano Rios e Adriana Martins por sempre estarem tão atentos a tudo o que anda sendo produzido na cidade e no país. Sem palavras pra essa equipe!

Aqui você lê a matéria completa, é só clicar. E aqui embaixo seguem nossos apontamentos sobre o Dia do Rock em 2016.

Como anda essa coisa de indústria x independente?

Ecossistema
É interessante ver a música independente não mais como algo necessariamente à margem, no underground e pouco profissional, mas sim como uma também indústria, que funciona de maneira diferente, com uma cadeia menor, mas mais pulverizada: pequenos selos, pequenas casas, muitas bandas. No meio disso tudo, estúdios de gravação, designers que criam capas, pôsteres, videomakers que assinam clipes cada vez mais arrojados, blogs e sites que cobrem esses artistas e lançamentos. Todos esses trabalhos fazem parte dessa indústria alternativa, uma engrenagem que só gira com a participação ativa do público consumidor, comprando música em todas as suas formas – discos físicos, downloads, ingressos de shows, camisetas, adesivos e outros itens de merch.

Consumo
Na forma de consumir o rock, o abismo entre mainstream e independente está diminuindo, o que considero uma pequena revolução. A gente vê isso bem claramente nos serviços de streaming, como Deezer e Spotify, pois o artista independente, de repente, foi colocado no mesmo caldeirão dos artistas consagrados e não estão mais apenas em redes especializadas, como já foram o MySpace e o TramaVirtual, por exemplo, e como hoje é o Bandcamp. Os serviços de streaming possuem algoritmos que vão aprendendo o gosto do usuário e oferecendo opções similares em ferramentas como a lista “Descobertas da semana” do Spotify e “Flow”, da Deezer. Ninguém precisa mais esperar pela TV nem pelas revistas de música nem pelo rádio para encontrar novos artistas quando se tem à disposição mecanismos como esses – apesar de muita gente ainda se pautar pela mídia tradicional para isso. O grande desafio ainda é como chegar a mais pessoas.

Estética
Em termos criativos, o rock independente é bem mais interessante que o rock lançado pela grande indústria: é mais diverso em subgêneros, em sonoridade, consegue ousar mais, ser mais inventivo. Mesmo com tanto tempo de existência e tendo tido sua morte decretada tantas vezes, o rock sempre consegue se reinventar, e o ecossistema independente é um ambiente muito propício para isso. É muito chato e hoje desnecessário ficar esperando chegar nas lojas o novo disco do Foo Fighters. Tem centenas de bandas por aí fazendo música com muito mais frescor e conexão com os nossos tempos.

Faltam espaços para se produzir rock?

It Girl_Credito Mocker Studio_2016

Talvez faltem espaços formais, mas o rock consegue ocupar bem espaços alternativos e transformar tudo num palco. Mas o que falta mesmo é público consumidor de shows, pelo menos em Fortaleza. Há muito mimimi, muita reclamação de que não existem shows de rock na cidade, mas isso não procede: toda semana são produzidos shows nos mais variados espaços, mas a quantidade de público é sempre pequena, mesmo em eventos gratuitos ou com ingresso muito barato.

Por outro lado, surgem bandas novas todos os dias. Aqui no estúdio recebemos o tempo o todo mensagens de novos artistas querendo gravar um primeiro material já com boa qualidade. Somente este ano, já saíram do Mocker trabalhos do maquinas, Swan Vestas, Berg Menezes, Sátiros, Zéis (Capotes Pretos na Terra Marfim), Soulzen, It Girl (foto), Subcelebs… Ou seja, a produção anda bem efervescente. O que precisa melhorar é o consumo.

Que tipo de sonoridade da área está mais “na moda”?

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Pelo que a gente observa, a psicodelia que o Tame Impala e o Boogarins trouxeram de volta anda influenciando muita gente. Mas também está rolando uma onda de resgate dos anos 90, que até já rolou antes, pouco menos de dez anos atrás, mas está bem evidente agora com o “sucesso” do Mac DeMarco. As aspas estão aí porque o conceito de sucesso quando se fala de música independente é bem distante do que se entende por isso no mainstream.

Onde anda o rock?

plutao ja foi planeta

Em todo lugar onde você não está procurando. Um exemplo: a banda Plutão Já Foi Planeta, de Natal. Eles já tocaram quatro vezes em Fortaleza, três vezes pra pouquíssimas pessoas (vimos todos os shows e produzimos um – gostamos mesmo, e não é de hoje!), mas muita gente só ouviu falar deles depois que eles foram pra Globo. As músicas já estavam na internet, os shows estavam sendo noticiados. O que mudou, então? Infelizmente, o poder de penetração da mídia de massa ainda é muito grande, mesmo com tanto conteúdo disponível por aí, de graça ou quase de graça.

É necessário se desprender desse hábito tão passivo de consumo, de ficar esperando aparecer na TV ou na FM para prestar atenção a uma banda nova. As pessoas podem e precisam assumir as rédeas das suas playlists: catar bandas novas no Bandcamp, no Facebook, nas agendas culturais dos jornais, nos blogs, nos serviços de streaming, nas pequenas casas e festivais. Quando se pratica isso, você logo percebe que um bom e novo rock existe e está por toda parte.

Tulipa Ruiz and Felipe Cordeiro pose for a portrait at Red Bull Studios in Sao Paulo, Brazil on February 10th, 2015 // Fabio Piva/Red Bull Content Pool // P-20150224-00237 // Usage for editorial use only // Please go to www.redbullcontentpool.com for further information. //

Natura Musical: Dicas dos especialistas da comissão de seleção

Chegou um email lindo aqui na nossa caixa de entrada: o edital Natura Musical termina sexta-feira agora, 24, e eles perguntaram a cinco especialistas em música brasileira que já selecionaram projetos contemplados o que chama a atenção deles.

Primeiro, quem são:

  • Dj Zé Pedro, pesquisador de música brasileira e fundador do selo Joia Moderna
  • Alexandre Matias, jornalista e criador do Trabalho Sujo (www.trabalhosujo.com.br)
  • Rafael Rocha, editor da Noize (www.noize.com.br)
  • Titane, cantora mineira
  • Edvaldo Rocha, pesquisador paraense
Tulipa Ruiz e Felipe Cordeiro

Os especialistas fizeram parte das comissões de 2015 e 2014, que contemplaram artistas maravilhosos como Tulipa Ruiz e O Terno. Segue a entrevista, cheia de dicas de ouro pra melhorar seu projeto:

O que procurava nos projetos?
DJ Zé Pedro: “Diferença. Projetos ou artistas que se parecessem (muito)com outros eu não considerava.”
Alexandre Matias: “Originalidade e referências próximas aos projetos que pudesse conhecer ou reconhecer. Nesse sentido, uma comissão plural é crucial para esse projeto, pois os julgadores comentam os trabalhos que os outros não conhecem.”
Rafael Rocha: “Procurava originalidade, representatividade com o cenário e cultura brasileira. Sempre busquei projetos que acrescentassem artisticamente, e que de fato necessitavam do apoio proposto pela Natura.”
Titane: “Consistência musical e personalidade artística, em primeiro lugar. Uma certa “independência criativa” do “músico/cantor/compositor, mesmo que sua produção esteja/estivesse inserida no contexto de sua geração.Uma excelência artística individual, no caso de intérpretes/autores que integram comunidades onde culturas tradicionais ainda apresentam grande vitalidade.”
Edvaldo Souza: “Projetos que tenham boa circulação, legitimidades, resgates de obras e interações.”

Que detalhes dos projetos chamam mais sua atenção?
DJ Zé Pedro: “Acima de tudo personalidade, algo que me atraísse como único.”
Alexandre Matias: “Muita gente dá atenção à forma de apresentação do projeto e acaba inscrevendo projetos como “turnê” ou “disco de carreira”. Vejo a possibilidade de um edital desses como uma forma de bancar um projeto de coração, que possa fugir da carreira tradicional do artista.”
Rafael Rocha: “Quando uma história era bem contada, os argumentos válidos (principalmente para legado), todos nós (especialistas) concordávamos. O áudio que vinha junto e o material em anexo, assim como o que há do artista e projeto na web, sempre foram muito fundamentais.
Titane: “Além da consistência, personalidade e independência criativa, a eficiência cênica dos artistas ao se apresentarem em público.”
Edvaldo Souza: “A continuidade e compromisso com a sua obra, interação entre artistas das diversas regiões do país.”

O que pesava mais nas suas indicações?
DJ Zé Pedro: “Principalmente se era a primeira vez que pedia o patrocínio da Natura e se o valor estava dentro da realidade do mercado.”
Alexandre Matias: “Um trabalho consistente que tivesse a ver com uma proposta própria. Muita gente inscreve trabalhos pensando só na viabilidade comercial ou em alguma forma de agradar à comissão julgadora – e isso torna-se muito claro na hora em que você está avaliando os projetos. O edital é uma oportunidade para o artista se expressar plenamente, não apenas de conseguir dinheiro.”
Rafael Rocha: “A relevância artística para a cultura e o valor dele na soma das categorias”
Titane: “Capacidade de projeção corporal, preenchimento de cena, desenvoltura no palco.Atenção: não me refiro aqui a timidez ou extroversão, mas a expressividade, domínio de sua própria linguagem e controle do discurso estético, musical, que pretende realizar.”
Edvaldo Souza: “A circulação e formação de parcerias entre os projetos analisados.”

O regulamento e todas as informações para inscrição estão disponíveis no portal www.naturamusical.com.br

jack daniels post concert

O que a gente aprende com as bandas do Jack Daniel’s Post Concert

jack daniels post concertJá faz algumas semanas que tá rolando uma ação massa da Jack Daniel’s nas redes sociais: o Post Concert, com performances ao vivo de cinco bandas dentro de uma cápsula quadradinha como os posts do Instagram.

Visualmente, o resultado é incrível e animador! Eles provaram que, mesmo que você só tenha literalmente um cubículo, é possível gravar um vídeo bacanudo da sua banda pra postar na internet. Claro que a produção é impecável, mas dá pra gente adaptar pra nossa realidade DIY.

O quadradinho da Jack Daniel’s, além de apresentar cinco bandas iradas pro público consumidor da marca, também serve de lição pra quem acha que um palco é pequeno demais pro tamanho da sua parafernália. Não é! No mesmo espacinho tocam o duo Finger Fingerrr, o quarteto electro-orgânico Inky, e até o quinteto psicodélico-retrô Supercordas. É só se espremer e arrumar que cabe todo mundo!

A curadoria do projeto foi feita pensando nos valores de Jack Daniel’s: inovação e artesania no processo de fabricação do uísque, contrariando os padrões da indústria e se mantendo fiel às suas escolhas.

Transporte o conceito pra música e você vai entender porque cada uma das bandas está ali. O que você tem feito pela sua? Como você se diferencia, contraria os padrões e inova esteticamente? Pense nisso! 😉

As bandas escolhidas e a definição feita pela produção:

Tokyo Savannah – representa o rock com influências de rockabilly, surf music e garage dos anos 60. Power trio de muito peso e distorção para ouvir bem alto.

Finger Fingerrr – duo nervoso de baixo e bateria. Você não vai conseguir ficar parado.

INKY – mistura rock e sintetizadores. Introspecto, progressivo, suave e agressivo ao mesmo tempo.

O Bardo e o Banjo – misture folk, bluegrass e a criatividade brasileira.

Supercordas – psicodélica que faz um convite a mergulhar em uma mistura de sonoridades e referências. Psicodelia brasileira de altíssima qualidade. Prepare uma dose e aproveite a viagem.

Todos os vídeos do projeto estão disponíveis no hotsite http://www.jackdanielspostconcert.com.br. Só ir lá e devorar tudo agora mesmo! =D

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Rock Talks #2: Como foi (e as reações de quem foi)

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Ontem rolou a segunda edição das nossas Mocker Rock Talks na livraria Saraiva e, se a primeira já tinha sido irada, a segunda superou muito nossas expectativas! Começamos logo com dois gigantes da nossa cena de Fortaleza, Rafael Bandeira (Hey Ho Rock Bar, Ponto.CE) e Felipe Cazaux (solo, Mad Monkees), e a nossa missão de manter o nível da discussão estava difícil, hehe.

Convidamos pro encontro do mês de abril três nomes da produção de shows independentes da cidade: Amaudson Ximenes (Obskure, ACR, Forcaos), Dado Pinheiro (Noise 3D, Berlinda Club) e André Moura Lopes (Festival Fortaleza Cidade Marginal). Cada um com uma história massa e com atuação diferente.

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O Amaudson faz um trabalho incrível com a galera do metal, da música pesada, mas abre espaço pra todo mundo que chegar junto, porque ele é curador de vários projetos diferentes, do Dragão do Metal ao Praça do Rock (esse até a nossa banda, Subcelebs, tocou no ano passado, junto com a Catholic Youth, em uma noite com girl power no talo).

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Já o Dado é o cara da cena do indie rock, do electro, desses estilos mais modernos e, muitas vezes, difíceis de definir. Começou a trabalhar com bandas autorais ainda no Ritz Café, no início dos anos 2000, e achou tão massa que continuou até abrir o próprio bar, o Noise 3D Club, que foi palco pra várias bandas importantes da nossa história recente (Montage, Plastique Noir, Telerama, Red Run, Café Colômbia, Fossil, O Garfo, 2fuzz… enfim, muita gente que hoje tem banda começou lá, novinho). Hoje o Dado, que é DJ e tem altas festas badaladas de discotecagem rock, é sócio do Berlinda Club e tá sempre abrindo espaço pra quem quer produzir seus shows e criando projetos para abrigar as bandas da cidade.

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O André tem muito tempo de noite, trabalha com audiovisual, mas sempre produziu festas independentes. Sempre com um pegada mais underground, no estilo do it yourself. Numa tentativa de resgatar o clima das casas rock no final dos anos 90 e começo dos 2000 em Fortaleza, ele e o Jonnata Doll ocuparam o Casarão Benfica no ano passado e deram início ao festival Fortaleza Cidade Marginal, com bandas, poetas, artistas visuais e intervenções. Agora já está rolando também uma festa filha, mensal, a Garantia de Alegria, com o mesmo formato, mas menos bandas. Tudo pra dar conta de descentralizar a cena, de buscar atrações fora do que já está tão em evidência na Praia e Iracema e nos editais públicos, o alternativo do alternativo.

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Com tanta diversidade entre os convidados, a conversa rendeu discussões sensacionais. Que tipo de palco nós queremos? Que tipo de palco nós precisamos? Qual é meu o papel como banda? O principal, dentre todas as histórias, experiências e opiniões, é que vimos com nossos próprios olhos, num auditório LOTADO, com gente em pé, que, sim, Fortaleza tem cena.

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Tem muita gente produzindo, muita gente querendo tocar. E se todo mundo que esteve na Saraiva ontem pegasse uma vez por semana um evento de rock pra entrar pagando ingresso e assistir aos shows uns dos outros, muito mais palcos seriam criados, de maneira sustentável e ainda sobrando uma graninha pras bandas e produtores independentes (e pras casas que abrem as portas pro autoral em vez do cover, porque eles também têm contas a pagar!).

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Como o Amaudson disse, é só uma questão de manter todo mundo mobilizado. A cena ainda tem jeito e só depende de cada um e nós pros espaços que existem continuarem existindo e crescendo e pra novos espaços serem conquistados.

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Queria deixar um VALEU gigante pra galera que compareceu. Foram tantas bandas que não conseguimos decorar todas, haha! Mas valeu demais à galera da Old Books Room, Mad Monkees, Senhores da Casa Azul, Mulambos, Caike Falcão, La Trinidad, Jack the Joker, Código Roma, Distopia Bárbara, Mugshot, DistintoS, Matine, Swan Vestas, maquinas, In No Sense, Lowell, Leonardo Santos (blog Barulho Visual, que faz toda semana a agenda de shows da cidade), Jack Carvalho (Tribuna Band News e banda Estereoh). Se faltou alguém, comenta aqui que a gente atualiza a lista, hehe!

Pra finalizar, os comentários de quem foi – porque é isso que faz a gente ter certeza de que o projeto tá massa!

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Especial de lançamento: Mixtape Swan Vestas

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Hoje a gente anuncia mais um lançamento da casa: o EP de estreia da grande Swan Vestas, que gravou três das cinco faixas no Mocker, ao vivo, com uma pegada garagem que ficou ainda mais pesada com mix & master assinadas pelo Capilé, do estúdio Costella (SP).

A nossa playlist semanal no Spotify chega especial nesta sexta, com o EP completo do Swan, uma faixa do Mad Monkees (que toca com eles próxima quarta, no show de lançamento) e quatro de artistas que influenciam o som dessa galera. Tá imperdível!

1. Breathing Holes – Swan Vestas
2. Big Band Baby – Stone Temple Pilots
3. If There is a Hell – Swan Vestas
4. Is It My Body – Alice Cooper
5. Conversations on the Phone – Swan Vestas
6. Moonage Daydream – David Bowie
7. Unnecessary Evil – Swan Vestas
8. Manic Depression – Jimi Hendrix
9. You Make Me Feel Alright – Swan Vestas
10. Raise Again – Mad Monkees

Escute a MOCKER Mixtape na barra lateral ou clique aqui para ouvir direto no Spotify. E não esquece de seguir a playlist, que toda semana tem novidade!

Swan Vestas - Capa

Show: Swan Vestas lança o aguardado primeiro EP

Swan Vestas - poster show

Por enquanto, é um save the date: dia 20 de abril, uma quinta-feira, vai ter guitarra muita no Maria Bonita! Swan Vestas lança o EP mais aguardado dos últimos anos na cena cearense (produzido aqui pelo estúdio e mixado no Costella, em SP) em uma noite com o Mad Monkees.

Semana que vem a gente fala mais desse lançamento Mocker Discos. =D