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Por Alinne Rodrigues

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Novo clipe dos Capotes Pretos na Terra Marfim

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Semana passada lançamos o novo clipe dos Capotes Pretos na Terra Marfim. Foi o segundo que fizemos com eles (o primeiro foi Terra Marfim, clica pra assistir), agora de uma música que não está no álbum que produzimos aqui no Mocker: 145, hit do EP de estreia do quinteto, A Casa.

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Quando eu falo hit, é hit mesmo. Daquelas músicas que a gente ouve a primeira vez, já aprende a cantar o refrão e passa dias cantarolando e dançando no meio da rua. Foi uma galera talentosa de verdade que veio bater na porta do estúdio em 2014 querendo gravar um disco especial. Que sorte a nossa!

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Pois bem. No fim do ano passado, o Igor tava atacando de professor de áudio (ele dá aulas no Iatec Fortaleza) e pegou a turma de Técnicas de gravação em estúdio. Chamou os Capotes pra tocar uma música curtinha, simples, com muitos instrumentos diferentes a serem captados. Uma experiência rica pros alunos e uma regravação da música em ótima qualidade pra banda.

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A captação rolou no estúdio Ararena, tradicional, bonito, um dos melhores de Fortaleza. É lá a sede do Iatec. Com o Igor conduzindo a produção, mas deixando o espaço aberto para os alunos opinarem e trabalharem na montagem e no registro de cada sessão, as gravações rolaram lindamente.

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Eu fui acompanhar todas elas, a pedido do Zéis, vocalista. Não é todo dia que se tem um estúdio incrível pra fazer um clipe daqueles, com as pessoas cantando com fones de ouvido, não é mesmo? Aproveitamos.

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A faixa foi finalizada no Mocker pelo Igor, e eu editei o vídeo. Tá lindo, tá real, tá divertido, tá a cara da banda. Assista agora e deixe seu dia mais bonito:

De nada. =)

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Mocker Rock Talks #1: Como foi

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Oi, gente! Meu primeiro post aqui no blog vai ser justamente sobre o evento que o nomeia: o Rock Talks, que estreou esta semana na livraria Saraiva do Iguatemi Fortaleza.

Convidamos uma dupla que não poderia ter sido mais irada. Rafael Bandeira, o cara por trás do festival Ponto.CE, e Felipe Cazaux, guitarrista superexperiente, gente fina e, agora, também à frente dos Mad Monkees.

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O auditório ficou lotado. Uma galera que tem banda, projeto solo, que tá querendo começar a tocar e até gente que já tá fazendo sucesso na cidade foi lá pra ver o que os caras tinham a falar. O resultado foi um encontro que rendeu muito mais do que a gente esperava – a conversa foi tão boa que o shopping fechou, e o papo ainda tava querendo continuar, haha!

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Da fala do Rafael Bandeira, os pontos que mais me marcaram foram as dicas de organização financeira para bandas e a explicação sobre como rola a curadoria no Ponto.CE.

  • A banda precisa ter um caixa, guardar sempre um dinheirinho pra investir na própria carreira. Investir não é só gravar disco e produzir merchandising pra vender, é também bancar as próprias passagens pra ir ver um festival numa cidade próxima ou custear uma minitour por outros estados. Sair da zona de conforto é sempre proveitoso.
  • Nem sempre o Ponto.CE abre inscrições pras bandas. O material é recebido durante o ano inteiro pelas redes sociais do festival, e a equipe ouve tudo o que chega. Mas uma coisa é importante: um bom show visto pelo Rafael quase sempre vale mais do que um bom disco que ele recebe (seja físico ou não). Ele está sempre circulando pela cena da cidade, e uma banda que tem uma boa frequência de shows e cuida pra ter uma apresentação bem feita e contagiante sai na frente. Portanto, mãos à obra e aproveite cada show como se fosse o único, porque ele pode ser visto por alguém massa e pode ajudar a definir o futuro da sua carreira
  • Esteja sempre preparado. Tenha sempre o material da banda pronto, em boa qualidade, porque a gente nunca sabe quando as oportunidades vão surgir.

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Do Felipe Cazaux, que compartilhou várias histórias e muito da sua experiência, destaco os pontos da precisão técnica e do merchandising.

  • Se você quer ter uma banda valendo, precisa tocar bem. Não precisa necessariamente ser um monstro da técnica, mas precisa saber fazer bem aquilo a que você se propõe. Precisa conhecer seu equipamento, saber que timbre quer tirar do seu instrumento, pra conseguir encontrá-lo em qualquer situação de palco (com backline seu ou não).
  • Um técnico de som que conheça o seu show faz a diferença numa ocasião especial. As empresas de aluguel de som enviam técnico para montar a estrutura, então nem sempre um som feito por eles vai ficar como deve ser o seu. Esteja preparado, porque pode rolar uma gig massa, um show de abertura de uma banda que você gosta, e talvez seja um risco grande depender de um técnico que não te conhece.
  • Por fim, merchandising. O Mad Monkees produziu 500 CDs, camisetas de cores variadas e adesivos. Material promocional de várias faixas de preços é importante, porque tudo o que entra gera lucro pra banda. A banquinha de merchan é sempre massa de montar durante ou depois do show. E uma dica importante que o Felipe deu: tenha uma maquininha de cartão, mesmo que seja a do PagSeguro, que é baratinha, pequena e fácil de usar. Quem compra a dinheiro compra só o CD, mas, com o cartão, as chances de a venda ser maior aumentam.

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Foi isso, galera! A gente se vê no próximo Rock Talks, no fim de abril. Valeu a todo mundo que foi!